Quem são os leigos e leigas? Dentro da religião católica, os fiéis leigos são pessoas que não são ordenadas (não receberam o Sacramento da Ordem) mas disseram “sim” ao chamado de Deus para ser suas testemunhas e colaborar na difusão do Evangelho. A exigência é que seja batizada e fiel comprometida com a vocação em si despertada.
Esse chamado tem fundamento bíblico: (MT 28,19), nos diz: “Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. E (MT 5, 13-14) nos fala do “Sal da terra” e “Luz do mundo”, que nos deixa claro quanto ao papel do discipulado, de dar sabor à vida de seu semelhante e iluminar a Humanidade.
O Catecismo da Igreja Católica nos fala: “É específico do leigo, por sua própria vocação, procurar o Reino de Deus exercendo funções temporais e ordenando-as segundo Deus... A eles, portanto, cabe de maneira especial iluminar e ordenar de tal modo todas as coisas temporais, as quais estão intimamente unidas, que elas continuamente se façam e cresçam segundo Cristo e contribuam para o louvor do Criador e Redentor”. (N°898)
Assim, fica bem claro que ser leigo e leiga não é um mero acaso, temos um Deus que nos escolheu e nos chamou pelo nome, e tem embasamento na Bíblia e documentos da Igreja. O “sim” para esse chamado requer decisão. Não podemos dizer um “sim” sem convicção, sem compromisso autêntico e verdadeiro, apenas para agradar este ou aquele, ou porque não tem quem assume este ou aquele serviço. Não! É uma entrega que deve ser na totalidade, de corpo e alma, sem reservas. Deus quer precisar de nós para fazer acontecer o seu projeto de amor na família, na comunidade, na sociedade e onde quer que estejamos. Precisamente agora, em meio à tempestade do Covid-19, que está desolando famílias, comunidades e povos, precisamos ser sábios, corajosos e zelosos para contribuir com o socorro solícito, levando amparo, esperança e acolhimento a quem precisar. E não olhemos só ao longe, muitas vezes o grito de socorro está do nosso lado. O ser leigo e leiga é isso, demanda de nós um olhar de amor desinteressado para com o próximo, com a natureza e tudo o que Deus criou. É amplo o campo de trabalho (a missão) do leigo. Coloquemo-nos a serviço com alegria, espelhando-nos na grande Mestra, Maria, Mãe de Jesus, que não titubeou ao dizer sim a Deus, em ajudar sua prima Isabel, em seguir e ser presente na vida do seu Filho, até mesmo aos pés da Cruz. Enfim, olhemos o seu exemplo e peçamos a Ela que nos ajude a sermos fiéis à nossa vocação.
Ao falar um pouquinho da vocação do leigo, lembramos que somos uma paróquia salvatoriana, Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Várzea Paulista - SP, administrada por padres Salvatorianos. “E como Leigas e Leigos Salvatorianos, somos chamados a participar da missão da Igreja e a viver a vocação batismal, assumindo os ideais de Pe. Jordan, por meio do testemunho de vida e da ação, em resposta aos apelos da Igreja hoje. Essa vocação cristã, nós a compartilhamos com todo o povo de Deus”. (Do livro “Fonte de inspiração para a missão”)
Realize tua missão com amor e alegria e serás feliz! Quando fazemos o bem ao outro e colaboramos para a harmonização de toda Criação, se prestarmos bem atenção, é a nós mesmos que o fazemos.
Parabéns Leigos e Leigas pelo seu “Sim”! Por intercessão de Nossa Senhora de Lourdes, Deus abençoe vocês!
Autora: Eni da Silva Pereira (Leiga Salvatoriana)
É um sacramento social que Cristo instituiu na Última Ceia. É um sacramento no qual Ele concede ao candidato ao sacerdócio o poder sacerdotal e lhe dá as graças para exercê-lo santamente.
É um homem como nós, sujeito a fraquezas, porém separado dos demais para o exercício da doação de Deus aos homens. O Sacerdote é o dispensador do amor de Deus aos homens.É chamado de Pontífice = ponte - artifice: construtor de pontes; pontes que ligam o Céu à Terra; os homens à Deus; o eterno ao temporal; o pecado à misericórdia.O sacerdote administra os sacramentos,sinais do amor de Deus aos homens.
O ministro do sacramento da Ordem é o Bispo. Em caso de impossibilidade, o Bispo delega esse poder aoutro sacerdote.Jesus Cristo deu aos apóstolos a plenitude do poder sacerdotal e estes transmitiram essa plenitude a outros, pela imposição das mãos.Desde o tempo dos apóstolos, têm-se sagrado bispos e ordenado sacerdotes pela imposição das mãos e oração.
Pela ordenação Sacerdotal, Jesus Cristo confere o poder de:
A ordenação Sacerdotal imprime caráter que nunca se apaga. Chamamos de sinal indelevel. Pela ordenação o sacerdote fica unido de modo especial a Jesus.Ele é a extensão de Cristo entre os homens, amando-os e dispensando-lhes a salvação proporcionada por Jesus por meio da Igreja em seus Sacramentos.
O sacerdote jamais poderá perder o seu poder sacerdotal, a menos que seja dispensado pelos seus legítimos superiores através da ordem expressa do Santo Padre o Papa.Jesus chama os jovens a seu serviço. Jovens de todas as nacionalidades, raças e cores. Eles devem ter requisitos básicos de cristãos verdadeiros: Fé viva e operante; Estar pronto ao sacrifício, até da própria vida, no serviço ao Deus que chama; Trabalhar pela salvação dos homens sem distinção de raça ou cor.
“O ministério eclesiástico, divinamente instituído, é exercido em diversas ordens pelos que desde a antigüidade são chamados bispos, presbíteros e diáconos [LG 28] .” A doutrina católica, expressa na liturgia, no magistério e na prática constante da Igreja, reconhece que existem dois graus de participação ministerial no sacerdócio de Cristo: o episcopado e o presbiterado. O diaconado se destina a ajudá-los e a servi-los. Por isso, o termo “sacerdos' designa, na prática atual, os bispos e os sacerdotes, mas não os diáconos. Não obstante, ensina a doutrina católica que os graus de participação sacerdotal (episcopado e presbiterado) e o de serviço (diaconado) são conferidos por um ato sacramental chamado “ordenação”, isto e, pelo sacramento da Ordem.
Que todos reverenciem os diáconos como Jesus Cristo, como também o Bispo, que é imagem do Pai, e os presbíteros como senado de Deus e como a assembléia dos apóstolos: sem eles não se pode falar de Igreja [Sto. Inácio de Antioquia, Trall., 3,1.]
Como cabeça invisível da Igreja, Cristo é a fonte de todo poder santificador. Pelo Espírito Santo, Jesus Cristo deu esse poder aos seus Apóstolos, para que a Igreja estivesse presente em todo o mundo. Os Apóstolos transmitiram este poder, distribuindo-o em funções ministeriais distintas. E dai nasceu à hierarquia em seu tríplice grau, a serviço dos fiéis, são os: Bispos, presbíteros e diáconos.
Prezado ouvinte, importante é observar que, conferida nesses graus distintos, a ordem é um só sacramento. Os três graus do sacramento da ordem: os bispos, presbíteros e diáconos, constituem um só sacramento, visto que a ordem causa uma participação, em diversos graus, do único sacerdócio de Cristo. Portanto, não são três sacramentos. Mas ele se torna tríplice em suas modalidades. Em cada grau da ordem, o bispo, o presbítero e o diácono, há um idêntico rito ou sinal que é a imposição das mãos, mas em cada um deles, pela fórmula da consagração é invocado sobre quem está sendo ordenado uma graça específica, ou um diferente dom do Espírito Santo.
Seja observado que o sacerdócio, em todos os seus graus, e portanto quer nos Bispos, quer nos presbíteros, há a participação do sacerdócio de Cristo, que é o único "sumo sacerdote" da nova e eterna aliança.
E ao lado dos bispos e dos presbíteros, existe na Igreja outra categoria de ministros, com funções e carismas específicos, que são os diáconos, que se configuram como categoria para distinguir dos bispos e dos presbíteros.
Falamos muito de vocação. Quando dizemos que alguém tem vocação, afinal o que queremos dizer? A palavra vocação vem do verbo no latim"vocare" (chama?). Assim vocação significachamado. É, pois, um chamado de Deus. Se há alguém que chama, deve haver outro que escuta q responde.
A vida de todo ser humano é um dom de Deus."Somos obra de Deus, criados em Cristo Jesus"(Ef 2,10). Existimos, vivemos, pensamos, amamos, nos alegramos, sofremos, nos relacionamos, conquistamos nossa liberdade diante do mundo que nos cerca e diante de nós mesmos.
Não somos uma existência lançada ao absurdo. Somos criaturas de Deus. Não existe homem que não seja convidado ou chamado por Deus a viver na liberdade, que possa conviver, servir a Deus através do relacionamento fraternal com os outros.
Encontramos na Bíblia muitos chamados feitos por Deus: Abraão, Moisés, os profetas... Em todas as escolhas, encontramos:
Deus chama dlretamente, pela mediação de fatos e acontecimentos, ou pelas pessoas.
Deus toma a Iniciativa de chamar.
Escolhe livremente e permite total liberdade de resposta.
Deus chama em vista de uma missão de serviço ao povo.
Podemos fazer uma distinção entre os chamados: vocação à existência, vocação humana, vocação cristã e vocação específica, uma sobrepondo-se à outra.
Foi o primeiro momento forte em que Deus manifestou todo o seu amor a cada um de nós. Deus nos amou e nos quis participantes de seu projeto de criação como coordenadores responsáveis por tudo o que existe. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus. A vida é a grande vocação. Deus chama para a vida, e Jesus afirma que veio para que todos a tenham em abundância. (Jo 10,10)
Foi nos dada a condição da "liberdade dos filhos de Deus", inteligência e vontade. Estabelecemos uma comunhão com o Criador e, nessa atitude dialogai, somos pessoas. A pessoa aprende a conviver, a dialogar, enfim, a se relacionar. Todos têm direitos e deveres recíprocos.
Infelizmente, a obra-prima do Criador anda muito desprezada: enquanto uns têm condições e oportunidades, outros vivem na miséria, sem condições básicas para ressaltar a dignidade com que foram constituídos. No mundo da exclusão acontece a "desumanização"'e pode-se perder a condição de pessoa humana.
Todo batizado recebeu a graça de fazer parte do povo eleito por Deus, de sua Igreja. Através da vocação cristã, somos chamados à santidade, vocação à perfeição, recebendo a mesma fé pela justiça de Deus. Fomos, portanto, eleitos e chamados pessoalmente por Cristo para ser, como cristãos, testemunhas e seguidores do Mestre Jesus. Chamados â fé pelo batismo, a pessoa humana foi qualificada de outra forma. Assim todos fazem parte do "reino de sacerdotes, profetas e reis". (1 Pd 2,9)
Toda pessoa batizada tornou-se um seguidor de Cristo, participante de uma comunidade de fé que pode ser chamada para participar da obra de Deus, como membro de sua Igreja, seguindo caminhos diferentes:
l Assim todo cristão solteiro ou casado, batizado em Cristo, tornando-' se membro da sua Igreja, é convocado a ser apóstolo, anunciador do l Reino de Deus, exercendo funções temporais. O leigo vive na l secularidade e exerce sua missão insubstituível nos ofícios e trabalhos l deste mundo. O Concilio Vaticano II sublinhou que a vocação e a missão l do leigo "contribuem para a santificação do mundo, como fermento na \ massa'. (LG31)
É uma vocação de carisma particular, é graça, mas passa pela mediação da Igreja particular, pois as vocações são destinadas à Igreja. Acontece num acompanhamento sistemático, amadurecendo as motivações reais da opção. O ministro ordenado preside e coordena os serviços da comunidade. Por intermédio dos sacramentos, celebra a presença de Deus no meio do seu povo. O presbítero é enviado a pastorear e animar a comunidade. Ele é o bom pastor que guia, alimenta, defende e conhece as ovelhas. "Isto exige humanidade, caráter íntegro e maduro, virtudes morais sólidas e personalidade madura". (OT 11)
O religioso é chamado a testemunhar Cristo de uma maneira radical, vivendo uma consagração total nos votos de pobreza, castidade e obediência. Com a pobreza, vivem mais livres dos bens temporais, tornando-se disponíveis para Deus, para a Igreja e para os irmãos. Com a castidade, vivem o amor sem exclusividade, sendo sinal do mundo l futuro que há de vir. Com a obediência, imitam a Cristo obediente e fiel à vontade do Pai.
Textos bíblicos:
Mateus 25,14-30; João 14, 5 - 7
Leia estes textos com calma, um de cada vez, procurando trazê-los para a sua vida.